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  • Foto do escritorThalyta Venâncio de Araújo

Entrevista com Kelvin Fernandes

Atualizado: 2 de mai. de 2021

"Não adianta a melhor técnica, melhor tecnologia, protocolos fantásticos, se não tem boas pessoas que usam esse conhecimento de forma correta"

Zootecnista, formado na UFG (Universidade Federal de Goiás), Kelvin Fernandes

Carvalho trabalha atualmente como gestor na fazenda Vale da Pedra, situada na cidade

de Jataí-Go, onde tem-se uma produção diária de 10.300 litros de leite por dia, uma

média de 28,45 litros por vaca/dia.


Kelvin cita que sua família sempre trabalhou com atividade leiteira, mas de modo bem

popular e com conhecimentos empíricos, e quando entrou na graduação seu objetivo era

aumentar seu conhecimento na área para poder perpetuar o seu aprendizado com seus

familiares.


Segundo o profissional, o setor leiteiro é uma área bastante promissora, mas, cada vez

mais exigente por conta do consumidor final. Na sua opinião as propriedades precisam

se reinventar para que haja lucros, pois precisam lidar com gastos e investimentos

tecnológicos necessários, fator essencial para tornar a propriedade capacitada para

competir no mercado.


Em relação a profissão de zootecnista, o gerente não vê, atualmente, grandes

comparações com profissões adversas e, todo e qualquer tipo de preconceito relacionado

a isso se anula quando é mostrado os resultados de um zootecnista na fazenda. Para ele,

os pontos primordiais em uma propriedade se devem as pessoas que lá trabalham,

convívio e caráter pois: "não adianta a melhor técnica, melhor tecnologia, protocolos

fantásticos, se não tem boas pessoas que usem esse conhecimento de forma correta"cita

o profissional.


Na fazenda são realizadas várias ações de sustentabilidade, bem como captação e

utilização da água das chuvas para limpeza das estruturas. Os dejetos dos animais são

separados em parte de forma líquida para ser bombeado para a agricultura na forma de

fertirrigação. Os componentes sólidos são coletados e trabalhados no campo de

compostagem, enriquecendo-os com fonte de minerais para que sua utilização final seja

a adubação orgânica, reduzindo assim, a necessidade de adubação química.


Uma das maiores dificuldades na sua percepção é manter uma equipe sólida e coesa

para realização correta das atividades e também enfrentar desafios na aquisição de

produtos para alimentação animal, pois, segundo ele, há escassez sazonal dos produtos

no mercado, e como muitas propriedades não conseguem fazer um estoque, há um

aumento no preço dos insumos, aumentando assim o custo da produção, o que

consequentemente aumenta o preço do produto final (leite).


Por fim, o conselho que Kelvin deixa para os jovens que estão iniciando carreira na

bovinocultura leiteira é: "acorde cedo, arregasse as mangas e trabalhe duro, não

condicione o seu sucesso a nada e nem a ninguém, não tenha medo de cair, encare os

tropeços como aprendizado, se erga novamente e trabalhe mais duro ainda. O resultado

é consequência do que fazemos dia após dia."

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