"Colher forragem de qualidade com qualidade, isso sim faz a diferença."
Renato Luchiari, zootecnista formado na Universidade Estadual Paulista (UNESP), atua há 10 anos com nutrição de animais de grande porte. Desde que iniciou sua graduação, já tinha planos de trabalhar com ruminantes. “Para se trabalhar com animais a pasto, é necessário ter conhecimento não só da fisiologia do ruminante, mas sim, do pasto em que o mesmo irá se alimentar”. Dito isso, o profissional nos traz bastante informação acerca do assunto abordado.
Segundo Renato, é de extrema importância que haja análise de solo antes de qualquer reforma de pasto e/ou implantação de sistema agrícola, pois através da análise realizada é possível identificar o tipo de solo que irá trabalhar, e consequentemente sendo possível fazer os ajustes, bem como: corrigir o solo e/ou enriquece-lo com adubação.
Para a obtenção do melhor resultado, é necessário que seus clientes sigam fielmente suas instruções, sendo assim, o zootecnista afirma que suas principais orientações são: "observar se há lotação, infestação de plantas daninhas, cupim e de início fazer análise de solo (...) O objetivo final é obter uma rebrota favorável das pastagens e manter capacidade de suporte". O consultor ainda alerta que, atualmente, o pecuarista ainda peca muito em manejo de pasto em relação ao ajuste da taxa de lotação com capacidade de suporte dos pastos.
Diante do exposto, o profissional cita que não existe receita para manejo de rotacionado, cada caso é único, mas que todos estão relacionados a lotação, adubação, categoria do animal e forragem. "O importante do rotacionado é se preocupar com o que vai deixar de resíduo de pastejo", afirma. Ele também acredita que o pecuarista pode, sem muito investimento e com ajuste de manejo adequado, passar de 4 a 6@ por hectare/ano - média produzida no Brasil - para 10@ por hectare/ano. "Muitas das vezes apenas ajustando divisões de pasto para melhorar a relação de capacidade de suporte com taxa de lotação. Isso irá obter melhor aproveitamento da forragem. Colher forragem de qualidade com qualidade, isso sim faz a diferença", finaliza o zootecnista.
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