Foi dado start na obra que dará estrutura ao sonhado setor de Avicultura de Corte e Postura da UFJ.
O tão sonhado e esperado setor de Avicultura teve sua obra iniciada no início deste ano na Universidade Federal de Jataí. Para sabermos mais sobre a proposta do setor entramos em contato com a Prof.ª Dr.ª Karina Ludovico responsável por ministrar as disciplinas de Avicultura de Corte e Postura e Nutrição de não ruminantes ao curso de Zootecnia e Medicina Veterinária da Universidade.
Segundo Karina Ludovico o setor de Avicultura foi idealizado para atender a demanda da UFJ para aulas práticas, projetos de pesquisa e extensão, nas áreas de criação de frango de corte e produção de ovos. Em relação ao responsável pelo setor a coordenação do curso de Zootecnia fará a indicação de um coordenador para o setor, sendo a portaria emitida pela Unidade Acadêmica de Ciências Agrárias.
Algumas atividades já vêm sendo planejadas para o período após a implantação completa da estrutura e equipamentos, como por exemplo os manejos diários que serão, o arraçoamento e fornecimento de água, cuidados com a limpeza do ambiente e equipamentos, manejo dos equipamentos relacionados à ambiência, manejo dos ovos e limpeza e desinfecção quando houver a troca de lotes.
Segundo a Prof.ª Dr.ª Karina o setor contará com 03 edificações, uma edificação se destinará à criação de aves livres sob cama em piso, dotada de sistema de aquecimento com campânulas à gás, sistema de ventilação, de nebulização e cortinas laterais móveis para auxiliar no controle da ambiência e qualidade do ar, bebedouros automáticos tipo pendular e comedouros manuais. Esta instalação permitirá a realização de experimentos em diversas áreas, desde poedeiras livres de gaiolas a frangos de corte.
A segunda edificação contará com dois ambientes, sendo uma sala equipada com baterias para a criação de pintinhos e/ou realização de ensaios de digestibilidade até os 21 dias de idade e outra sala para criação de poedeiras em fase de produção, em sistema de gaiolas de modo a permitir ensaios de digestibilidade.
A terceira edificação consistirá de sanitário com vestiário para os usuários do setor, e sala para manuseio dos ovos, realização de coletas entre outras atividades.
Está previsto ainda a construção de uma composteira, que será utilizada para o descarte de aves mortas, e produção de composto para ser utilizado na adubação da vegetação que compõe o paisagismo na UFJ.
Para as atividades do setor, não há previsão da contratação de mão de obra para auxiliar no manejo diário, contudo em 2019 foi criado um grupo de estudos, com a participação de alunos dos cursos de Zootecnia e Medicina Veterinária. Na ocasião foram realizadas algumas reuniões para estudo de temas específicos, porém, com o advento da Covid-19, o grupo não conseguiu dar continuidade nas suas atividades. “Enquanto professora da área, tenho interesse em retomar as atividades do grupo, e já tenho contatado os alunos que faziam parte na época, para nos organizarmos e convidar novos integrantes.” – afirmou Karina em entrevista.
Além disso, a docente ainda relatou a grande expectativa e possibilidade de parcerias com empresas da região, de outras partes do Brasil e até de multinacionais, visto que há grande investimento destas empresas na área, possibilitando aos alunos da graduação, pós-graduação e estagiários que possam vir a frequentar a UFJ, a oportunidade de desenvolver projetos e até construir sua rede de networking.
Durante a entrevista, ao ser abordada sobre o maior desafio enfrentado para conseguir finalmente a construção da estrutura para o setor, a docente do curso de Zootecnia, Karina Ludovico relatou que “Os desafios são constantes dentro de uma instituição pública, e cada etapa tem sua particularidade. Um projeto desse porte, envolve desde a busca pelo recurso financeiro, a concepção do projeto com as equipes de engenharia, o orçamento da obra, a abertura de licitação, e a realização da obra em si. Sem dúvida, o maior desafio é conseguir unir os esforços de cada uma das pessoas envolvidas, para se chegar ao resultado final.”
Sobre o nome do novo setor, ainda não se tem nada definido, e como uma das pessoas envolvidas no processo de implantação do mesmo, a Prof.ª Dr.ª Karina Ludovico pensa ser importante envolver a comunidade acadêmica na escolha desse nome. Logo, ficaremos aqui aguardando ansiosamente para participar desse passo tão importante e significativo para a Universidade e os amantes da produção de não ruminantes.
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