Agora descubra os tipos de leite que existe na prateleira
O leite é um alimento de grande importância na nutrição humana, ele tem um elevado valor
nutritivo, sendo rico em proteínas, lipídeos, carboidratos, minerais como cálcio, e vitaminas A, B e D, além de combater a anemia e fortalecer os ossos, é matéria prima de muitos derivados, como queijo, manteiga, iogurte, que formam em conjunto um importante setor da indústria láctea.
Sabendo a importância desse alimento riquíssimo nutricionalmente, possuímos diversos tipos de leite no mercado, e você caro leitor, sabe a diferença entre os tipos de leite? Ou como são classificados?
Bom, de acordo com a legislação, existem vários tipos de leite, que normalmente são
classificados de acordo com a composição e requisitos físico-químicos e biológicos. As
principais denominações são determinadas a partir da contagem de micro-organismos
presentes no leite, sendo classificado como: A, B, C ou UHT, porém todos os leites que chegam ao consumidor possuem qualidade garantida, pois devem ser submetidos ao processo de pasteurização, que pode ser lenta ou rápida. A pasteurização serve para garantir ao consumidor um leite de melhor qualidade, livre de microrganismos.
O leite do tipo A, é o leite que contém o mais alto grau de pureza, ele precisa ser produzido e beneficiado dentro da própria fazenda, provindo de um único rebanho, para não ocorrer
mistura entre os leites, além disso, logo após a ordenha que deve ser mecânica, esse leite vai para o tanque, onde será pasteurizado, por conta disso, apresenta uma excelente qualidade microbiológica (baixa concentração de micro-organismos) e pode ser consumido desde que seja resfriado e armazenado corretamente, durante um período de 5 a 7 dias após a pasteurização.
O leite tipo B, é o leite que contém uma boa qualidade, diferente do tipo A, ele não precisa ser pasteurizado na propriedade rural, apenas refrigerado por até 48 horas em temperatura
abaixo de 4ºC, transportado em tanques até onde será pasteurizado, e por conta disso ele
apresenta uma média concentração de micro-organismos. Esse leite quando chega na indústria, é misturado com o leite de outros rebanhos que passaram por esse mesmo tratamento, após a pasteurização, é embalado e comercializado na forma integral.
O leite tipo C é o leite que contém uma baixa qualidade, pois é recolhido de várias
propriedades e transportado em tanques em temperatura ambiente, até ser entregue na
plataforma do laticínio, em até as 10:00 horas do dia de sua obtenção como determina a lei. As fazendas não possuem obrigação de fazer o resfriamento desse leite, por conta disso,
apresenta um elevado número de bactérias antes da pasteurização. Esse tipo de leite em
questão tem uma vida de prateleira curta, sendo menos que três dias.
O leite UHT é o famoso leite de caixinha, ele é submetido a uma ultra pasteurização, que
consiste em homogeneizar todo o leite, depois submeter a uma temperatura de 130 a 150°C durante 2 a 8 segundos, após esse aquecimento, ele é resfriado a uma temperatura inferior a 32° C, para evitar ainda mais a contaminação por micro-organismos, a embalagem na qual o leite fica confinado para o comércio é asséptica (inibe o desenvolvimento de micro-
organismos). Com a embalagem, esse leite dura até 180 dias na prateleira , após abrir a
embalagem, esse leite fica sujeito a contaminação, por isso é recomendado que após abrir a
caixinha do leite, consumir ele em até três dias.
Sim, são muitos os tipos de leite e olha que nem falei sobre todos, afinal de contas, tem um
queridinho que está ganhando espaço nas prateleiras do mercado, principalmente dos
amantes de leite que sofrem com má digestão ou problemas de gases quando consomem
esses produtos, que é o tipo A2A2.
Há alguns anos pesquisadores notaram que no leite em que consumimos, contém na
composição de proteínas a beta-caseína que pode ser a A1 e/ou A2, isso está presente no
genótipo do animal, o leite em que normalmente consumimos é composto por A1A1 ou A1A2. Sempre estão presentes em pares pois, essa beta-caseína está presente no alelo que é formado por pares, um provindo da mãe e o outro do pai.
Pesquisadores selecionaram animais que tinham no seu genótipo a beta-caseína A2A2, e
notaram que o leite desse animal é de 2 a 3 vezes mais fácil de digestão e a produção de gases no organismo. A beta-caseína A2 não passa por um processo denominado hidrolização enzimática (ou algumas vezes ocorre de maneira lenta), e como resultado desse processo produz o peptídeo beta-casomorfina-9. Já a beta-caseína A1 passa pelo processo de hidrolização, produzindo o peptídeo opióide chamado de beta-casomorfina-7, sendo esse opióide o causador de todos os desconfortos abdominais.
UFA! Depois desse tanto de informação vou pegar um copo de leite e saborear, afinal leite é
gostoso e saudável! BEBA MAIS LEITE!
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